(Foto: Reprodução)
Seis dos sete filhos de Quezia Romualdo, de 29 anos, nasceram todos nesse domingo (1º). O parto dos sêxtuplos aconteceu no hospital São Bernardo Apart, em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, e durou cerca de 10 minutos — tendo começado às 17h. A cirurgia cesariana precisou ser realizada após a mulher sentir falta de ar e contrações no dia anterior.
Ao todo, uma equipe de 32 profissionais, divididos em médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos de enfermagem, anestesistas e pediatra se envolveu no nascimento dos bebês.
Segundo o hospital, após o parto, a mulher passou a noite em observação na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Théo, Matteo, Lucca, Henry, Maytê e Eloá foram encaminhados para a Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (Utin).
Horas antes do parto, o pai das crianças, Magdiel Costa, de 31 anos, contou, a uma equipe do g1, como estavam os ânimos para a chegada dos filhos. “Estou muito tenso, e, ao mesmo tempo, ansioso. Estou aproveitando os minutos com a minha esposa antes da chegada das crianças”, relatou o homem.
“Ela fez uma bateria de exames e está tudo normal com ela e com os nenéns. Essa reta final está bem cansativa para ela, o corpo dela não está aguentando. Vamos continuar orando e confiando que esta fase vai passar e em breve os nenéns vão estar todos aqui com a gente”, disse Magdiel nas redes sociais.
A expectativa da equipe médica era de que a gravidez alcançasse as 30 semanas, porém, as crianças nasceram um dia após Quezia completar 27 semanas.
PROCEDIMENTO CIRÚRGICO
No início de setembro, Quezia passou por um procedimento cirúrgico para fazer com que os bebês ficassem a maior quantidade de tempo possível no corpo da gestante. O procedimento é chamado de cerclagem uterina. Nas redes sociais, a mãe explicou como funciona a cirurgia.
“É um ponto fora do útero para eu segurar mais os nenéns, né? Como eu falei, minha barriga está pesada e está muito grande. O colo do útero está afinando. Então, eles decidiram fazer esse procedimento em mim. Mas estou bem, estou me recuperando, cada dia vencendo, graças a Deus. Já deu tudo certo”, conta ela no vídeo.
Geralmente indicada logo após o terceiro mês de gestação, a cerclagem é uma sutura cirúrgica em bolsa, realizada sob anestesia, com objetivo de manter o colo uterino fechado até o final da gravidez. Idealmente, os pontos são retirados com cerca de 37 semanas para que o parto possa ocorrer normalmente.
Quezia conta que após o procedimento todos os bebês foram examinados pela equipe médica.
“Fizemos uma ultrassom rápida para ver como eles estão. Quero agradecer por todos os que oraram pela Eloá, ela deu uma engordada, está com 520g, tem uma de 630g. Muito obrigada pelo carinho”, contou a mulher.
FILHA PEQUENA
Ainda no início de setembro, antes mesmo de saber a data do parto, Quezia teve que ficar internada para monitorar, de perto, a gravidez, até do nascimento dos bebês.
“Ela está entrando em uma época mais arriscada. Até agora está tudo bem, mas existe um risco grande de nascimento prematuro. Vamos internar para prevenção e acompanhamento mais próximo, diário”, disse o médico obstetra Thiago Martinelli, que acompanha Quezia desde o início da gestação, na época em que ela se internou.
“Chegou o dia da minha internação. Confesso para vocês que eu tô um pouquinho com o coração apertado”, disse ela nas redes sociais no dia em que foi internada.
Segundo ela, um dos motivos da aflição seria a distância da filha Eloá, de 5 anos. Devido à internação, as duas ficariam vários dias longe.
“Minha filha amanheceu não querendo ir para a escola porque ela achou que eu ia me internar pela manhã e começou a chorar. Eu conversei com ela. O pai dela vai conversar no hospital para liberar a entrada dela pelo menos no final de semana para amenizar a saudade”, relatou a mãe.
A mulher ainda disse que vai conversar com a, agora, filha mais velha todos os dias por chamada de vídeo e que, em breve, estará em casa, já com os sêxtuplos no colo.
“Eu e os bebês estamos bem. O peso da barriga está muito grande, todos os bebês estão com mais 400 gramas cada um. Estou tranquila quanto à internação, sei que é o melhor a se fazer nesse momento”, disse a dona de casa.
(Diário do Nordeste)