(Foto: Engin Akyurt/ Pixabay)
Afim de contribuir com a formação de comunicadores, jornalistas e estudantes de jornalismo em relação a temas como o combate ao racismo e a defesa dos direitos dos povos tradicionais no Brasil, agências e veículos jornalísticos do país estão com inscrições abertas para programas formativos com direito a bolsas de até R$ 10 mil reais.
Uma das iniciativas é o programa “O papel do jornalismo periférico e antirracista na proteção das crianças negras”, promovido pelo Nós, Mulheres da Periferia em parceria com a Alma Preta Jornalismo e Marco Zero Conteúdo.
O curso é destinado a jornalistas, estudantes de jornalismo e comunicadores com atuação no nordeste do Brasil. De acordo com a organização do programa, serão selecionados 35 pessoas que participarão de quatro encontros online ao longo do mês de novembro.
Além da oportunidade de aprendizado com as equipes dos veículos, os participantes concorrerão a uma bolsa de estudo no valor de R$ 10 mil, juntamente com a mentoria para produção de uma reportagem. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 15 de outubro através de formulário online.
Segundo as entidades organizadoras do curso, a proposta representa “uma porta de entrada para a criação de conteúdo jornalístico inclusivo e interseccional […] que destaca a importância de olhar para as distintas realidades e territórios ocupados por mulheres e crianças negras”.
“A intenção é que, cada vez mais, a imprensa brasileira apoie o desenvolvimento de reportagens que promovam a conscientização e a ação pela equidade racial (tanto dentro quanto fora das redações) e da defesa dos direitos das comunidades negras, fortalecendo assim o compromisso com a justiça social na sociedade para a adoção de políticas públicas eficazes”, explicam.
Repórteres Indígenas
Outra iniciativa importante que também está com inscrições abertas é o Programa de Formação para Repórteres Indígenas da Agência Pública.
Em sua 19ª edição, o programa é destinado a “comunicadores indígenas interessados em trabalhar com temas de interesse público de maneira independente”. De acordo com a Pública, serão selecionadas seis propostas, que serão contempladas com uma bolsa no valor de R$ 8 mil para a produção de uma reportagem investigativa.
As inscrições podem ser feitas até o dia 1° de dezembro de 2023 também por meio de formulário digital.
Além do apoio financeiro, os comunicadores selecionados participarão de uma semana de oficinas e debates na sede da Pública, em São Paulo, com direito a mentoria dos jornalistas da agência durante o desenvolvimento das reportagens propostas.
“Pretendemos explorar pautas que abordem as diferentes ameaças aos povos indígenas e suas terras, como: invasões dos territórios; roubos e destruição do patrimônio natural nas terras indígenas; corrupção, ações e omissões do poder público e de setores empresariais relacionadas a esses crimes; violências praticadas contra populações indígenas em luta por seus direitos territoriais; testemunhos, informações e documentos inéditos que comprovem a autoria de ações de esbulho e violência registradas na história recente”, descreve a agência.
Segundo a Pública, candidatos que tiverem dificuldades ou dúvidas sobre a inscrição podem comunicar-se por meio do e-mail [email protected] ou do WhatsApp 11-94548-9244.
Jaqueline Deister/Agencia Pulsar Brasil/Berokanfm