(Foto: Divulgação)
Mesmo com as constantes chuvas que começaram a cair neste mês, a região da Ilha do Bananal ainda sofre com os impactos do tempo quente. Nesta semana, peixes precisaram ser transportados de lagos que se formam na época de cheia e que tiveram os níveis e o oxigênio reduzidos com o calor.
O trabalho foi realizado por equipes do Prevfogo/Ibama após diversos peixes serem encontrados mortos. Uma força tarefa para o resgate de pirarucus que ainda sobrevivem em lagos da região. Nesta semana, pelo menos 100 peixes foram resgatados.
As mortes não foram causadas por contaminações, mas pela falta de oxigênio na água, já que alguns pontos se transformaram em lamaçais. Os animais foram colocados em tanques e levados para um rio que fica a dez quilômetros de onde estavam.
“A dificuldade é grande, devido à lama. Trabalho exaustivo, mas gratificante. Vale todo tipo de transporte no resgate. Vem mais um, lá já tão pegando mais outro. Muito bom. Depois de tirar eles dessa lama, a gente faz o transporte deles até o rio, coloca num cercado de tela pra ele poder descansar, recuperar o oxigênio perdido e aí posteriormente, uma hora e meia de prazo, a gente faz a soltura”, destacou o chefe de esquadrão PrevFogo/Ibama Sidney de Oliveira Silva, afirmando que os peixes precisam descansar para não se tornarem presas de predadores.
A equipe do Prevfogo, que trabalha na região nordeste da ilha é formada também por indígenas, que ajudam nos resgates.
O chefe de esquadrão explicou também que diante da grande extensão da região, nem sempre eles conseguem chegar a tempo para o resgate. Mas que o monitoramento continua.
“A gente continua fazendo mais resgates e tem vários lagos com peixes mortos. A gente vem achando e não chega a tempo para poder realizar o salvamento. A gente está correndo contra o tempo”.
Depois do período de descanso dos peixes que felizmente foram salvos, a equipe registrou a soltura dos pirarucus. “Todos chegaram bem […]. Pirarucus chegaram perfeitos, já tão respirando”, disse Sidney.
G1:TO/Berokanfm