(Foto: Reprodução/Instituto Butantan)

No Tocantins, foram registrados 342 casos de acidentes com aranhas entre janeiro a novembro deste ano. Os dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), mostram que apenas em novembro tiveram 69 casos. O número de ocorrências já é maior que em todo ano de 2022, onde foram registrados 304 casos.

A bióloga e aracnóloga, professora Kássia Madaleno, explicou sobre os tipos de aranhas encontradas no estado. Segundo ela, a araneofauna tocantinense possui mais de 135 famílias já identificadas, mas que pode haver ainda mais. As famílias, em termos biológicos, significam que esses animais possuem características morfológicas similares, ou seja, nesse caso seriam aranhas com características físicas similares.

Dentre essas famílias, apenas três tipos de aranhas são classificadas como de ‘interesse médico’. Essa nomeclatura corresponde a animais que “possuem capacidade de acidentes letais ou são usadas como matéria prima na produção de diversos medicamentos”.

“Temos a família Sicariidae que tem as famosas aranhas marrons. No nosso estado até o momento foi encontrado apenas uma espécie de aranha marrom a Loxosceles amazônica. Já da família de Ctenidae tem a Phoneutria eickstedtae, conhecida populamente como aranha armadeira, e na família das Theridiidae tem a conhecida como viúva marrom a Latrodectus geometricus”, disse a bióloga.

A professora também explica que apesar dessas três espécies serem encontradas no estado, os casos de acidentes que levam a óbito são baixos. “A maioria dos acidentes podem ser tratados se a pessoa procurar logo o pronto atendimento. É recomendado, sempre que possível, levar o animal que lhe picou para facilitar a identificação e melhor forma de tratamento”.

G1: TO/Berokanfm