(Foto: Divulgação)

Um médico que estava de plantão em uma Unidade de Pronto Atendimento de Águas Lindas, região do entorno do Distrito Federal, foi agredido com ao menos cinco socos por um acompanhante de uma mulher que estava em atendimento. O caso ocorreu na última segunda-feira (11) logo após a notícia da morte da mulher, que era esposa do agressor.

Segundo o boletim de ocorrência, o agressor teria ficado nervoso após receber a notícia do falecimento da esposa e teria alegado negligência e falha médica.

Pablo Henrique de Araújo Leal estava trabalhando em uma sala quando foi abordado com socos que lesionaram a parte inferior das duas pálpebras. O médico declarou que fez o atendimento conforme o protocolo médico, onde ele estava responsável pelos casos mais leves do dia.

A paciente em questão foi avaliada normalmente e medicada, permanecendo no local sob supervisão. Ao longo do dia, a mulher teve piora, o que resultou em uma parada cardíaca.

Alguns colegas de profissão do médico, que preferiram não se identificar, alertaram para a falta de segurança na unidade. “Os pacientes estão agressivos, colocaram o maqueiro para fazer a segurança”.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) publicou uma nota de repúdio contra a violência que sofrida pelo médico. “Nada justifica a violência registrada”, consta em nota.

“Infelizmente, esse episódio inadmissível e repugnante contra médicos tem se tornado comum e medidas urgentes precisam ser implementadas para garantir a segurança de quem trabalha salvando vidas”, reforçou o conselho.

*Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com/Berokanfm