O fazendeiro de Araguaína que estava foragido por envolvimento em conflitos agrários na Gleba Tauá, zona rural de Goiatins, foi preso nesta quarta-feira (3), em um hotel de Recife. Ele é investigado por associação criminosa, porte ilegal de arma de fogo, ameaça, lesão corporal e incêndio. A prisão ocorreu em cumprimento a um mandado de prisão após compartilhamento de informações entre as Polícias Civil do Tocantins (PC-TO) e de Pernambuco (PC-PE) e a Polícia Federal.

O hotel onde ele foi encontrado fica no bairro Pina, área nobre da capital pernambucana. A prisão foi realizada pelas equipes do Grupo de Capturas da Polícia Federal (GCAP-PF) e do Grupo de Operações Especiais da PC-PE.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-TO) o fazendeiro foi levado para a Delegacia de Polícia de Recife e em seguida encaminhado ao Centro de Observação e Triagem (Cotel). Ele aguarda decisão de recambiamento para o Tocantins.

Conflitos agrários

Os conflitos agrários entre posseiros e fazendeiros na Gleba Tauá estão sendo investigados há pouco mais de um ano. No dia 6 de novembro de 2023, equipes da 35ª Delegacia de Polícia Civil de Goiatins cumpriram mandados de busca e apreensão no local. Foram apreendidos celulares, armas de fogo, munições e rádios comunicadores.

Na mesma ocasião seis pessoas foram detidas, entre elas dois adolescentes, e foram levadas até à 5ª Central da Polícia Civil em Araguaína. Os quatro adultos foram autuados em flagrante pelos crimes de posse ilegal de arma de fogo de uso permitido e de uso restrito e corrupção de menor de 18 anos.

Os adolescentes foram autuados em flagrante pelo ato infracional análogo ao crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.

Conforme a SSP a investigação busca reduzir os impactos de violência causados pelos conflitos agrários que ocorrem constantemente na região. De acordo com o delegado Breno Eduardo Campos Alves, responsável pelas investigações, há situações de ameaças aos posseiros e algumas casas foram incendiadas.

A ação fez parte da Operação Hórus e teve apoio de policiais da 2ª Delegacia Regional de Araguaína, da 2ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP – Araguaína) e do Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE).

G1/TO