A morte de Verônica Sousa Silva Zanoni, 28 anos, está sendo investigada pelo Ministério Público do Pará (MPPA), e uma nova etapa importante do processo se inicia. A jovem empresária morreu no dia 23 de dezembro de 2023 nos fundos de sua loja em Parauapebas. Verônica havia sido deixada presa por algumas horas lá dentro pelo seu marido, Ariel Paes Zanoni, com os dois filhos do casal.
Segundo a advogada Karla Isabel, após a coleta de todas as provas necessárias, o delegado de polícia encerra o inquérito e o remete ao Ministério Público. O Ministério Público analisa o inquérito e decide se há elementos suficientes para oferecer uma denúncia à Justiça. Se não houver, o inquérito pode ser arquivado. Se houver, é oferecida uma denúncia à Justiça. “Depois que termina essa fase investigatória, o Ministério Público é quem oferece a denúncia para o juiz, ao fórum. Ofertada a denúncia, o juiz vai decidir se aceita ou não. E aceitando a denúncia, começa o processo penal propriamente dito.”
Quem desejar contribuir com as investigações do caso deve entrar em contato com o Ministério Público pelo contato 94 8804-1292 ou através do preenchimento de formulário disponibilizado no site do MPPA.
Por volta das 18h30 do dia 23 de dezembro de 2023, Verônica Zanoni morreu nos fundos da loja da qual era proprietária. Imagens registradas por câmeras de vigilância mostram a sua agonia momentos antes do ocorrido: ela está trancada do lado de dentro da loja, aflita e com os filhos chorando.
Verônica ainda ligou para a polícia pedindo ajuda para abrir a porta, explicando que o marido a deixou trancada no local. Era sábado, um dia antes da véspera de Natal e a jovem parecia estar com medo de lá ficar durante o feriado familiar. Verônica mostra que está furiosa com o marido, mas desiste de solicitar ajuda policial quando a PM diz que a loja será arrombada.
Momentos depois, ela morre. Tudo indicava que por suicídio, mas a declaração emitida pelo IML apontando homicídio e algumas inconsistências nas imagens registradas na loja deixaram a família ainda mais aflita: Verônica teria sido assassinada?
Desde então, a família cobra celeridade nas investigações e se mobiliza nas redes sociais para clamar por justiça. Para eles, o marido de Verônica, Ariel Zanoni, manipulou as imagens das câmeras de segurança e sabe bem mais do que contou às autoridades. Contribui para a dúvida e desespero da família de Verônica o fato de Ariel ter sido flagrado retirando um tampão da câmera de segurança da loja momentos antes de supostamente tentar reanimar a esposa.
Em contato com Vanessa, irmã de Verônica, a reportagem ficou sabendo que apesar de várias tentativas, o advogado da família até o momento não teve êxito no ingresso aos autos da investigação.
Gazeta Carajás