(Baixa qualidade dos produtos representa risco à saúde dos consumidores, segundo o órgão. Foram cumpridos 10 mandados de prisão e apreensão e um homem foi preso.)

(Foto: Cíntia Ribeiro/ TV Anhanguera)

Subiu para quase R$ 5 milhões a estimativa do valor das mercadorias apreendidas durante a operação da Receita Federal contra a pirataria. Pelo menos dez lojas de eletrônicos de Palmas foram alvo de mandados e um homem foi preso.

A investigação, que acontece em Palmas e Brasília, teve início a partir de denúncias de escritórios de advocacia que representam marcas de eletrônicos, entre elas Apple, Samsung e Motorola.

Em Palmas as lojas alvo de investigação ficam na região central da cidade, na Avenida Juscelino Kubitschek e ruas adjacentes. Mandados também foram cumpridos em Taquaralto, na região sul de Palmas.

Segundo a Receita Federal, os itens falsificados representam risco para o consumidor devido à baixa qualidade e os possíveis danos à saúde.

“Estouram, não aguentam carga elétrica. Muitos desses criminosos colocam um selo da Anatel [Agência Nacional de Telecomunicações], que também é falsificado, para dar a aparência de que aquele produto passou pelo teste e pela aprovação”, disse o delegado da Receita Federal Ricardo Magalhães.

Todos os produtos apreendidos foram levados para a sede da Receita Federal em Palmas. Ao todo 270 sacos de mercadorias foram lacrados e devem ser abertos na presença dos advogados dos envolvidos. Os comerciantes envolvidos devem responder criminalmente.

Considerando o risco à saúde, as mercadorias apreendidas não devem ser leiloadas nem doadas para órgãos públicos.

“[Os produtos] serão periciados e, confirmando que esses produtos realmente são falsificados, serão destruídos porque eles não servem nem para fazer leilão ou algum tipo de doação”, afirma o delegado.

Durante a operação, um funcionário de uma das lojas foi preso em razão de ter um mandado de prisão em aberto pelo crime de roubo.

A Operação Spuria, como foi nomeada, é realizada pela Receita Federal do Brasil em conjunto com a Polícia Civil do Distrito Federal e a Polícia Rodoviária Federal. A investigação busca desestruturar organizações criminosas que utilizam esse tipo de comércio para a lavagem de dinheiro.

Participam da ação 60 servidores da Receita Federal, incluindo auditores e analistas, 13 policiais civis do DF e 20 policiais rodoviários, onde foram fiscalizados 10 estabelecimentos comerciais.

Brenda Santos, Kaliton Mota: G1/TO