(Esses conselheiros, oriundos de segmentos como sindicatos, urbanistas e instituições de ensino, trabalharão em parceria com os representantes do poder público que serão indicados no próximo ano)

A 9ª Conferência do Plano Diretor Participativo de Marabá, realizada nos dias 21 e 22 de novembro na Câmara Municipal, destacou-se pela eleição dos novos conselheiros e pelo debate sobre o planejamento urbanístico, ambiental e territorial da cidade. Promovido pela Secretaria Municipal de Planejamento e Controle (Seplan) em parceria com o Conselho Gestor do Plano Diretor, o evento reuniu especialistas, autoridades e a sociedade civil para definir estratégias que garantam o desenvolvimento sustentável e a organização territorial de Marabá.

Durante a abertura, o presidente da Câmara, Alecio Stringari, enfatizou a importância de envolver a sociedade nos debates sobre urbanismo e meio ambiente. Segundo ele, essa aproximação é essencial para melhorar a qualidade de vida em Marabá, sobretudo em um momento de crescimento acelerado da cidade. “A participação popular é a chave para construirmos uma cidade mais organizada e sustentável”, destacou.

Karam El Hajjar, secretário de Planejamento e Controle, reforçou a relevância da conferência como espaço de decisão e participação democrática. Ele classificou o evento como “um momento crucial para debatermos questões urbanas e planejarmos uma cidade melhor”, ressaltando que ouvir as demandas da população é fundamental para promover a qualidade de vida, a preservação ambiental e a organização dos espaços públicos.

A programação da conferência incluiu palestras e mesas-redondas que abordaram temas como mobilidade urbana, habitação, preservação ambiental e expansão territorial. Os debates destacaram a necessidade de evitar a desorganização do crescimento urbano e fortalecer a participação popular na definição das diretrizes que orientarão o desenvolvimento do município.

Um ponto central das discussões foi a integração entre as áreas urbanas e rurais de Marabá. Patrícia Capanema, secretária executiva do Conselho Gestor, destacou que o Plano Diretor deve contemplar o território como um todo, promovendo equilíbrio entre desenvolvimento urbano e regional. “É essencial garantir que as regiões rurais também estejam integradas ao planejamento, assegurando um crescimento inclusivo e sustentável”, afirmou.

A conferência também reforçou o compromisso de aplicar instrumentos do Estatuto da Cidade, como o parcelamento compulsório, para combater a especulação imobiliária e assegurar que os terrenos cumpram sua função social. Para muitos participantes, o Plano Diretor Participativo se consolida como um pilar estratégico para o futuro de Marabá, equilibrando desenvolvimento econômico e preservação ambiental.

Além dos debates, um dos momentos mais importantes do evento foi a eleição dos 15 novos representantes da sociedade civil que comporão o Conselho Gestor do Plano Diretor Participativo. Esses conselheiros, oriundos de segmentos como sindicatos, urbanistas e instituições de ensino, trabalharão em parceria com os representantes do poder público que serão indicados no próximo ano. Juntos, eles terão a missão de transformar as demandas da população em ações concretas, alinhadas às diretrizes discutidas na conferência.

(Portal Debate)