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Para fortalecer a prevenção contra a febre amarela no Marajó, o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), já aplicou 14 mil doses da vacina em apenas sete dias. A iniciativa acontece em parceria com o Ministério da Saúde (MS) e a Secretaria Municipal de Saúde de Breves. A ação emergencial tem como foco comunidades rurais e ribeirinhas do município, garantindo imunização em áreas de difícil acesso.
A febre amarela é uma doença infecciosa causada pelo arbovírus do gênero Flavivirus, transmitida por mosquitos. A vacinação é a principal forma de prevenção, mas a baixa adesão preocupa as autoridades de saúde, especialmente, após a confirmação de 24 casos da doença e 5 mortes no município. Diante desse cenário, equipes de saúde estão mobilizadas para realizar o bloqueio vacinal e prevenir novos casos.
Algumas localidades atendidas ficam a mais de 10 horas de distância de Breves, exigindo um grande esforço logístico das equipes que se deslocam por rios e estradas para garantir que a imunização chegue até a população mais vulnerável.
Segundo o secretário adjunto de Gestão de Políticas de Saúde, Sipriano Ferraz Santos Júnior, a vacinação contra a febre amarela é a principal estratégia para evitar surtos da doença, mas garantir que a imunização chegue a todos exige planejamento e apoio logístico. Em algumas regiões, as equipes de saúde precisam enfrentar longas viagens de barco, que podem durar muitas horas, além de desafios como mudanças climáticas e infraestrutura dos locais.
Para reforçar a campanha, a Marinha do Brasil está oferecendo suporte logístico, facilitando o transporte das equipes e das vacinas. Ao todo, foram enviadas 20 mil doses ao Marajó com objetivo de ampliar a cobertura vacinal e proteger a população ribeirinha. Além da vacinação em larga escala, a Sespa, por meio do Centro de operações de Emergências em Saúde (COE), está adotando uma série de medidas preventivas para conter a disseminação da febre amarela, incluindo:
• Monitoramento de casos suspeitos e epizootias em primatas não humanos (macacos doentes ou mortos);
• Notificação imediata de novos casos, garantindo uma resposta rápida em até 24 horas;
• Capacitação de profissionais de saúde para detecção precoce da doença e coleta eficiente de amostras laboratoriais.
Com 14 mil doses já aplicadas e o avanço da campanha, a Sespa reforça a necessidade da vacinação para conter a doença e proteger a população ribeirinha, garantindo que novas ocorrências sejam prevenidas.
Agência Pará