(Na 1ª Fase da Operação maquinários e documentos foram apreendidos. Na 2ª fase a justiça autorizou o bloqueio de bens avaliados em mais de R$ 800 mil.)
(Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Um homem e uma mulher estão sendo investigados pela Polícia Civil por crimes ambientais em Santarém e em Mojuí dos Campos, no oeste do Pará. Em entrevista ao Jornal Tapajós 1ª edição de segunda (24), o delegado que preside as investigações, Iuri Castro, contou que a dupla é suspeita de desmatar área equivalente a mais de 8 mil campos de futebol.
“Já tivemos uma perícia realizada, um laudo que afirma, demonstra com imagem de drone, de satélite, esse desmatamento de mais de 8 mil hectares”, disse o delegado Iuri Castro.
De acordo com o delegado, as investigações iniciaram depois de uma grande extração de madeira, sem autorização dos órgãos ambientais em uma área de floresta. A partir dessa notícia-crime a área passou a ser monitorada por satélite.
“Houve uma extração de madeira, sem a autorização dos órgãos ambientais em uma área de floresta, essa era a notícia-crime. Foi instaurado o inquérito para investigar o caso e no atual estágio da investigação temos o responsável, foi identificado”, continuou o delegado.
As investigações apontaram que o homem e a mulher desmatavam as áreas e com alguns documentos conseguiam dissimular a origem da madeira e desta forma conseguiam beneficiar e vender a madeira no mercado formal.
“Eles não só extraem a madeira dessas áreas de floresta no interior do estado, como também tem uma serraria, uma empresa constituída para beneficiar esta madeira. Um homem e uma mulher foram identificados como responsáveis. Através dessa pessoa jurídica eles realizam o comercio ilegal de madeira dissimulando a origem através de algumas fraudes. Essa madeira vem de desmatamento não-autorizado e com alguns documentos eles conseguem dissimular a origem e revender essa madeira no mercado formal”.
A partir do monitoramento, das informações levantadas na investigação e identificação dos suspeitos, a Polícia Civil deflagrou a Operação Talismã da Amazônia. A 2ª fase foi deflagrada na quarta (19) quando mais de R$ 800 mil em bens foram bloqueados pela justiça. Antes disso, a Polícia Civil já havia cumprido mandados de busca e apreensão.
- 1ª Fase: busca e apreensão – foram apreendidos documentos, materiais, motosserras;
- 2ª Fase: bloqueio de bens identificados como produto do comércio ilegal de madeira. Mais de R$ 800 mil;
Dominique Cavaleiro, Ulisses Farias, g1 Santarém