(Juiz entendeu haver indícios de violação aos princípios da isonomia e da legalidade estatuária. Fontes apontam que impugnação do pleito representa uma vitória governista)

A eleição para a coordenação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) em Tucuruí foi suspensa por uma decisão liminar da justiça, atendendo a um pedido do professor Valdiclei Baia, filiado ao PCdoB e aliado político do prefeito Alexandre Siqueira.

O mandado de segurança foi concedido pelo juiz Thiago Cendes Escórcio. Na ação, Valdiclei Baia, integrante da “Chapa 2 – Novos Rumos, Novos Tempos”, argumentou que o processo eleitoral estava marcado por vícios que comprometiam sua lisura. Ele alega que a Comissão Eleitoral foi constituída de forma irregular, com membros não filiados ao sindicato, e que houve tratamento desigual entre as chapas.

Conforme a decisão judicial, a Chapa 2 foi indeferida pela comissão sob alegação de desvio de função de seus membros, enquanto a “Chapa 1 – Pela Resistência de Classe” foi mantida no pleito mesmo com integrantes em situações que também configurariam inelegibilidade, como exercício de cargos de confiança nomeados por decreto municipal.

Em sua decisão, o magistrado entendeu haver indícios de violação aos princípios da isonomia e da legalidade estatutária. A liminar determinou a suspensão imediata de todos os efeitos do processo eleitoral, incluindo a posse da nova diretoria marcada para 10 de dezembro, e a reavaliação das impugnações. Multa diária foi fixada em caso de descumprimento.

A disputa pela subsede do Sintepp em Tucuruí é mais um capítulo da tensão política que vive o município. A chapa que havia se saído vitoriosa na eleição era composta por opositores ao governo de Siqueira. Valdiclei, por sua vez, é membro do PCdoB, partido da base governista. Fontes apontam que a impugnação é mais uma vitória de Siqueira.

A ordem da liminar visa restabelecer a paridade na disputa, assegurando que ambas as chapas tenham suas situações analisadas sob os mesmos critérios, conforme previsto no estatuto da entidade. O sindicato e a comissão eleitoral têm prazo para se manifestar, e o caso ainda será submetido ao Ministério Público para parecer.

Com Informações do Portal Gazeta de Carajás