(Foto: Jamille Leão/ Ascom Semas)

Na linguagem indígena Tupi-Guarani, “Arapucu” significa “dia longo ou comprido” – e assim foram os últimos dias de aprendizado e compartilhamento de conhecimento na comunidade quilombola de mesmo nome, localizada a 17 km da zona urbana de Óbidos, na região do Baixo Amazonas, durante oficina do Atlas da Alimentação Amazônica, realizada de 20 a 23 deste mês.

A iniciativa é desenvolvida pela Amazon Conservation Team (ACT) no contexto do projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia (ASL). A proposta visa estudar e valorizar as práticas alimentares de povos e comunidades tradicionais da Pan-Amazônia. Ao todo, sete países e 14 comunidades foram selecionados para compor o Atlas, que busca reunir e divulgar saberes alimentares originários e suas relações com o território e a biodiversidade.

No Brasil, Arapucu foi o único quilombo selecionado para o Atlas da Alimentação Amazônica. Óbidos é, inclusive, o primeiro município do Pará com 100% dos territórios quilombolas cadastrados Cadastro Ambiental Rural para Povos e Comunidades Tradicionais (CAR/PCT).

OFICINAS PARTICIPATIVAS

A programação na comunidade quilombola Arapacu incluiu oficinas participativas e pesquisa de campo no território.

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) participa da ação em cooperação com o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, sendo responsável pela indicação do território — uma escolha que reflete o histórico de políticas públicas na região, especialmente por meio do programa Regulariza Pará, que articula ações como o Cadastro Ambiental Rural para Povos e Comunidades Tradicionais (CAR/PCT), essencial para a regularização ambiental e o fortalecimento socioeconômico desses territórios.

Para o presidente da Associação Remanescente de Quilombolas da Comunidade de Arapucu (Arquica), Redinaldo Alves, é uma grande satisfação em participar de uma iniciativa internacional.

G1/Santarém