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A distribuidora de energia Equatorial Pará conclui nesta semana uma etapa fundamental para transformar a realidade energética do Oeste do estado: o lançamento de cabos aquáticos no Rio Trombetas, parte do projeto que vai interligar os municípios de Terra Santa e Faro ao Sistema Interligado Nacional (SIN), garantindo energia aos habitantes da região.

Além de beneficiar diretamente milhares de moradores paraenses, a iniciativa abre caminho para, no futuro, conectar o município de Nhamundá, no Amazonas, à mesma rede.

De acordo com o gerente de Construção de Alta Tensão da distribuidora de energia, Diego Erdmann, a obra é um grande desafio de engenharia, exigindo planejamento e soluções inovadoras por estar no interior da floresta amazônica. Ele destaca que até a fabricação do cabo, de uso de uma tecnologia pioneira no Brasil, levou mais de um ano e que o projeto superou muitos obstáculos de forma sustentável, representando um avanço importante para o desenvolvimento do Oeste do Pará.

Atualmente, Faro e Terra Santa funcionam com sistemas isolados, abastecidos por usinas a óleo diesel. Só essas usinas consomem mais de 800 mil litros de diesel por mês, gerando cerca de 2.130 toneladas de CO₂ no mesmo período. A nova estrutura vai permitir que essas térmicas sejam desativadas de forma definitiva, contribuindo para uma matriz mais limpa e sustentável.

Com investimento de R$ 317 milhões, o projeto inclui a construção de 134,4 km de linhas de transmissão e duas novas subestações, em uma obra de alta complexidade, que atravessa o Rio Trombetas.

Para os cerca de 27 mil habitantes dos dois municípios, a chegada da energia interligada vai muito além da eletricidade: representa oportunidades reais de crescimento, atração de investimentos e melhoria nos serviços essenciais, como saúde, educação e segurança pública.

Conforme o Superintendente das regionais Centro e Oeste, Brunno Margato, a interligação ao SIN trará confiabilidade energética e permitirá o avanço de empreendimentos nas áreas de comércio, por exemplo, com grandes empreendimentos que poderão se instalar na região.

G1/Santarém