(‘Operação Expertise’ deflagrada nesta terça-feira (2) investiga fraude em licitações e contratos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro. Um dos endereços onde a PF cumpriu mandado foi a Assembleia Legislativa do Pará.)
(Foto: PF/Divulgação)
Cinco pessoas foram presas e 18 são alvo de mandados de busca e apreensão em Belém e Marituba nesta terça-feira (2). A investigação da Polícia Federal, com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), aponta desvios em contratos da Saúde e Educação do Pará que somam R$ 198 milhões. Entre os alvos estão empresários e servidores públicos.
A Operação Expertise apura um esquema fraudulento de direcionamento de licitações, lavagem de dinheiro e empresas de fachada financiadas com verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) e do Fundo Nacional de Saúde (FNS).
A PF apura quanto foi desviado. A suspeita é que os recursos eram sacados em espécie e redistribuídos entre os envolvidos. Os nomes dos alvos não foram divulgados até a última atualização desta reportagem, mas um dos mandados foi cumprido na sede da Assembleia Legislativa do Pará.
Dinheiro, joias e equipamentos eletrônicos foram apreendidos. A PF aprendeu dezenas de notas de R$ 200 e outros valores, mas o total flagrado não havia sido contabilizado até 10h30.
A operação também pede bloqueio de ativos no montante de até R$ 198 milhões, afastamento do sigilo bancário e fiscal de 17 investigados e suspensão, por tempo indeterminado, das atividades econômicas de quatro empresas investigadas. Foram afastados seis servidores públicos de suas funções.
“O objetivo é apurar a atuação de organização voltada ao cometimento de crimes contra a Administração Pública e à lavagem de capitais, mediante a contratação fraudulenta de empresas por diversos órgãos públicos estaduais e municipais do Pará, por meio da utilização de recursos federais oriundos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) e do Fundo Nacional de Saúde (FNS)”, informou a PF.
A PF não informou os locais dos mandados, nem identidade dos servidores e empresários investigados. A operação conta com a participação de 65 policiais federais e seis auditores da CGU.
G1/PA